quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O Monstro debaixo da cama


-... e viveram felizes para sempre e fim. Bom Kelvin já esta na hora de dormir meu filho.- Disse Kate, uma jovem moça de 28 anos enquanto acariciava os cabelos de seu filho Kelvin.
- Poxa mãe conta mais uma história vai ...
- Filho já esta tarde e você precisa descansar.
- Mais mãe eu não quero dormir sozinho.
- Você não vai dormir sozinho, veja, você tem o Srº. Timcampy. – Ambos olharam e caíram na risada ao ver o Srº. Timcampy, o gato da família, todo preguiçoso, ronronando deitado na beirada da cama. –E não se esqueça filho que você também tem o seu urso de pelúcia, o Plot.
            Ambos riram um pouco mais e ficaram juntos por uns minutos, kate deu seu beijinho de Boa Noite em Kelvin e se levantou, foi até a porta do quarto, mandou um ultimo beijo e desligou a luz.
- Vou deixar a porta um pouco aberta viu filho, boa noite.
            Kelvin era um garoto de 11 anos normal, apesar de tudo que já tinha passado. Aos 06 anos ele viu seu pai morrer pelo revolver de um assaltante que atirou nele enquanto kelvin e seu pai passeavam a noite pela praça da cidade. Desde então ele sempre foi muito carente e se apegou demais à mãe, sempre ele dormia com ela, pois quando dormia sozinho tinha alguns pesadelos. Quando fez 10 anos os pesadelos pararam um pouco e ele passou a dormir sozinho.
            Aquela noite não era uma das melhores, para falar a verdade parecia assustadora, ventava muito forte e o vento fazia barulhos medonhos, alguns trovões iluminavam o céu. Kelvin estava com medo, abraçou forte seu urso de pelúcia, se cobriu até a cabeça e se encolheu todo, pegando no sono pouco tempo depois.
            No meio da madrugada, ele sentiu um grande calafrio, levantou imediatamente assustado e ouviu uma risada diabólica que parecia vir debaixo da cama. Com muito medo, agarrou seu urso, que estava no chão, e saiu correndo para o quarto da mãe, batendo na porta:
- Mãe tem um monstro no meu quarto.
            Kate ainda sonolenta respondeu:
- Filho, vai dormir não tem monstro nenhum.
-Tem sim mãe, acorda vai.
            Kate já sem paciência, levantou levou kelvin para o quarto, acendeu a luz:
-Veja filho não tem nada de errado, nem o Srº. Timcampy acordou ainda. Agora vai dormir. – Ela o colocou na cama e ficou fazendo carinho em seus cabelos até ele pegar no sono, logo após Kate desligou as luzes, fechou a porta do quarto e retornou ao seu quarto.
            Pouco tempo depois, Kelvin acordou novamente sentindo um calafrio, Olhou para os lados e viu seu gato e atrás dele havia algo estranho. Mesmo estando um pouco sonolento, Kelvin olhou melhor para o que estava atrás do gato e conseguiu perceber que era uma mão meio deteriorada que agarrou violentamente o gato e o puxou para debaixo da cama. Kelvin podia ouvir o gato berrando e sendo comido por algum ser. Apavorado Kelvin pulou da cama e tentou sair correndo em direção ao quarto da mãe, mais antes que ele pudesse chegar à porta aquela mão o agarrou pelo pé e começou a puxá-lo para debaixo da cama. Ele tentava se agarrar em algo mais era inútil, quanto mais ele se esforçava ou gritava mais forte era puxando.
            Kate acordou com os gritos do garoto e saiu o mais rápido possível para ajudá-lo, mais quando chegou ao quarto não encontrou nada além de varias marcas de sangue no chão, principalmente debaixo da cama onde ela encontrou o ursinho Plot, totalmente limpo e com um discreto sorriso no rosto.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A Garota que amava o escuro

     Ela aos olhos dos outros era uma garota um tanto comum, mais quem a realmente conhecia sabia que ela definitivamente não era normal. Samantha era uma garota de 16 anos, de pele tão branca quando a neve, cabelos ondulados e negros tal como a noite escura onde muitos se perdem em desespero e seus olhos eram totalmente sombrios e sem vida.
    Desde pequena adorava ficar no escuro, onde se sentia segura, sempre gritava e esperneava quando, na pré-escola, tinha que ficar no parquinho brincando á luz do sol com as outras crianças, preferindo sempre ficar no canto mais escuro e escondido longe de tudo e de todos. Quando fez 13 anos, ela parou de sair de casa, e quando saia era sempre a noite ou em dias muito nublados, sempre coberta por mantos negros e grossos.
     Seu maior divertimento era ficar trancada em seu quarto, que mais se parecia com uma caverna sombria, fria e úmida, apenas iluminada por uma vela cuja chama era fraca para dar a menor iluminação possível. Dentro de seu "mundo" ela não temia nada, de tanto conviver nas sombras seus olhos já se acostumaram, tanto que só pude vê-la chorar uma vez, quando na foto de família, que ela foi obrigada a aparecer, o flash da maquina fotográfica a atordoou e uma singela lagrima fria e ausente de sentimentos escorreu pela sua face pálida.
    Seus pais não sabiam mais o que fazer com aquela garota, então decidiram iluminar seu quarto, e para isso armaram um terrível plano. No inicio da noite a levaram para sair, enquanto colocaram uma janela de vidro, grande e amável bem na direção de onde o sol nascia, colocaram também varias luminárias e para garantir que ela não volte ao escuro eles esconderam todas as cortinas.
     Ao voltar logo pela manha Samantha encontrou seu quarto, que antes era um comodo escuro e úmido, tinha se tornado um lugar quente, alegre e iluminado. Desesperadamente procurou pela casa algum modo de fazer seu amado lugar voltar ao que era antes, olhou em volta e pela maldita janela avistou no quintal um cobertor negro e grosso o suficiente para cobrir a entrada da luz que estava estendido no varal, apanhou uma tesoura para cortá-lo e correu para o quintal, mais ao sair para fora de casa e pegar o cobertor, um raio de luz do sol iluminou sua face fazendo a ficar um pouco atordoada, e seu desejo de sair daquela luz e voltar o mais rápido possível para o que era seu quarto era tanto que ela correu e escorregou em seu cobertor e veio a cair, ferindo seu pescoço com a tesoura, rapidamente ela começou a perder muito sangue,  passou a respirando com muita dificuldade e sua vista escurecia cada vez mais, ela sabia que sua hora havia chegado enquanto ouvia os gritos de desespero de sua mãe. Mais ela não sentia mais medo algum... ela estava até feliz, pois agora poderia passar a eternidade onde mais ela amava, No imenso vazio escuro.......

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Conto do Hospício Hugston




Chapter 3
As asas de um anjo caído 
       Entrei no prédio atrás daquela garotinha e por um momento me esqueci daquele desconforto que sentia. Apos entrar no prédio eu pude vê-la sentada em uma cadeira bem velha e enferrujada, me aproximei e disse: 
-Oi tudo bem garotinha? Como é seu nome?
- Meu nome é Alice , e o senhor como se chama?
-Meu nome é Thomas, Alice por acaso você não viu uma garotinha um pouco maior que você? Ela se chama Taylor.
-Sim senhor Thomas, ela é muito legal, estávamos brincando juntas.
-E onde ela está agora? Sou o irmão dela e estou preocupado
-"Ele" trouxe aqui para dentro.
-"Ele" quem?
-Não posso falar senhor Thomas, é melhor para você, vá embora enquanto há tempo.
-Não posso ir sem minha irmã, por favor Alice me diga onde ela esta. 
-Me desculpe....senhor Thomas....
     E foi após disser tais palavras que ela saiu correndo, eu ia segui-lá, porém ouvi um grito vindo de um corredor a minha esquerda e resolvi verificar na esperança de encontrar minha irmã. Esse tal corredor era bem amplo e o chão era cheio de poças d'água e folhas secas, em seu final havia uma porta de metal de onde os gritos pareciam sair, a cada passo que dava em direção a porta os gritos aumentavam, ate que eu a abri.

     Por trás da porta havia uma sala iluminada apenas com uma vela e no canto dessa sala estava um homem, ele possuía a aparência um pouco debilitada e tinha uma especie de chapa metálica conectada em sua coluna e dessa chapa saía uma estrutura de metal toda articulada em forma de asas e alguns ganchos enferrujados. 
     Quando notou minha presença gritou ainda mais furioso, tentei falar com ele, notei que seu corpo estava todo ensanguentado e sua pele estava muito pálida, além de que ele estava com uma faca em suas mãos.
-FOI VOCÊ NÃO FOI?- ele gritou se levantando.
-N-n-não não foi eu, acalme-se.- Argumentei com muito medo 
-ISSO NÃO IMPORTA MAIS, TODOS DEVEM PAGAR PELO QUE "ELE" FEZ EM MIM, TODOS DEVEM MORRER!!!
     Ele veio caminhado com um pouco de esforço em minha direção tentando me esfaquear, eu podia ver o ódio fervendo em seu olhar e tremia de medo, sai da sala correndo e fechei a porta de metal bloqueando a saída dele, segurava a porta com todas minhas forças e ele batia contra a porta pelo lado de dentro, tentando abri-la, porém depois de alguns segundo ele parou. Me acalmei um pouco e percebi que na porta havia uma folha, pegue-a e nela estava escrito:


QUARTO 278
PACIENTE: RICHARD THOMPSON 
EXPERIÊNCIA Nº 13.965
CODENOME ASAS
DESCRIÇÃO: Foram implantadas próteses de metal com o objetivo de testar a resistência do corpo humano e testar a capacidade de aceitação de novos organismos (Implantes) no corpo humano.
SITUAÇÃO: FALHA DA EXPERIÊNCIA
RAZÃO: OBITO DO PACIENTE


    Ao ler isso quase entrei em choque, minhas pernas não parava de tremer, aquele documento ate estava assinado pelo Dr. Finder. Me estabilizei e sai correndo em direção a porta de saída mais esta estava trancada. Eu estava preso naquele lugar, meu celular não dava sinal e já estava escuro, agora eu possuia dois objetivos... Encontrar minha irmã e sair com vida daquele lugar...............


Continua................
Chapter 1 _ Começo
Chapter 2_ Tragédia 

domingo, 4 de setembro de 2011

A Bruxa e o Vampiro... por que nem toda história de amor é bela


         Em alguma cidade inglesa no final do século XVI vivia uma jovem moça chamada Isabel. Ela era filha de um comerciante muito rico e influente da região e desde sempre fora muito mimada. Logo em sua infância já demonstrava sinais de crueldade, ela adora humilhar as outras pessoas e ver os mais fracos sofrerem, mais para todos ela era apenas uma "menininha inocente" que foi crescendo e se tornou uma linda mulher, com olhos negros como a escuridão da noite, curvas mais sinuosas e perigosas do que as ondas do mar e cabelos ruivos no tom escarlate que remetiam à cor de uma maça, a fruta simbolo do pecado e da luxuria. 
         Suas atividades favoritas era torturar animaizinhos enquanto não havia ninguém por perto, colocar as pessoas umas contra as outras, seduzir jovens rapazes para depois parti-lhes o coração.Porém o que mais lhe despertava interesse era a pratica e o estudo de magia negra. Ela sempre buscou tais conhecimentos e de tanto procurar certo dia ela encontrou um antigo grimório que falava tudo sobre essa arte das trevas. Determinada a dominar esse tipo de feitiçaria ela estudou e realizou pactos com diversos demônios, alcançando seu objetivo, Isabel era agora uma temível Bruxa.
         Isabel costumava frequentar bailes da alta sociedade, enlouquecer os homens com sua beleza notória, pois não havia um que não caísse aos seus pés. Em um desses bailes, ela conheceu um rapaz diferente de todos os quais ela já havia flertado, daquele rapaz emanava uma aura de morte a qual chamou sua atenção, seu nome era Phillipe Thomas Leigh, um jovem alto de cabelos pretos ondulados e pele mais pálida do que a neve silenciosa de inverno. Phillipe era um duque também muito rico, porém solitário, de uma cidade não muito distante de onde Isabel morava. Ambos trocaram olhares, se estranharam. Isabel decidiu provocá-lo, pois estava interessada nele, passou etão a flertar com vários dos rapazes comuns e entediantes daquele baile, que ficaram loucos de paixão por sua beleza, sempre fazendo juras e juras de amor eterno.
         Na semana seguinte, ela não conseguia tirar aquele jovem da cabeça, ate que recebeu uma noticia que lhe deixou intrigada: todos os rapazes que ela havia dançado e flertado haviam sido desmembrados e mortos cruelmente. Em sua mente ela sabia que aquele rapaz tinha algo a ver com aqueles assassinatos e decidiu investigar. 
         Naquela noite haveria um baile, ela se arrumou como nunca, ficando ainda mais bela e atraente, chegando no baile ela pode vê-lo sentado em uma mesa, ele a olhou com um sorriso sádico e ela lhe respondeu com um olhar provocante e passou a flertar com mais rapazes. Phillipe  resolveu entrar naquele jogo de sedução, se levantou e passou a conversar com algumas jovens damas que também estavam no baile. Após a noite do baile, Isabel tratou de descobrir tudo sobre as moças que Phillipe havia galanteado e montar seus rituais de magia negra para ceifar a vida de cada uma delas, e assim como as moças morreram em "acidentes", todos rapazes que haviam flertado com Isabel foram brutalmente assassinados. O jogo de Gato e rato dos dois havia apenas começado, ambos se esforçavam para conquistar o outro e mostrar mais poder.
         Uma semana depois chega na residencia de Isabel uma carta e uma rosa vermelha como sangue e seca como a morte, de Phillipe:


"Minha jovem dama, seus olhos são exemplos da perfeição.
Sua beleza estonteante me fascina.
Eu sei o que você realmente e
isso me faz ficar ainda mais atraído por ti.
Vá ao velho carvalho na floresta ao norte de sua cidade de noite
e encontrará um singelo presente meu.

         Isabel ficou receosa pele fato dele saber do que ela era capaz, mais ela também sabia que não era um rapaz normal e ela estava adorando aquele jogo. Seguindo o que estava escrito na carta, ela se dirigiu ao velho carvalho  e lá encontrou um cadáver de um religioso que pertencia ao tribunal da inquisição, ouviu passos e olhou para traz era ele. Phillipe a cumprimentou e ela teve a confirmação de que ele não era um rapaz comum , ele era um vampiro. Isabel ficou ainda mais apaixonada por ele e ele sentia o mesmo por ela, ali mesmo os dois se amaram. Porém o jogo apenas tinha começado e ambos não davam o braço a torcer.
         Por anos, eles se encontravam naquele velho carvalho, e iam aos bailes da alta sociedade provocar um ao outro, sempre de forma rival e apaixonada, enquanto tentavam sobrepujar os feitos do outro, como por exemplo assassinar alguém muito importante que tivesse tentado o outro ou então oferecer uma vítima ainda viva para o outro, eles ao mesmo tempo faziam um galanteio e assim o jogo continuava. Tal que durou anos e anos.
         Por fim após tantos assassinatos, a milicia e a igreja acabaram descobrindo o jogo proibido dos dois, Isabel foi condenada pelo tribunal de inquisição a morrer na fogueira, enquanto Phillipe foi caçado e morto por um bando de caçadores de vampiros. Porém antes de morrer, ambos profetizaram as mesmas palavras:

"TOLOS NOSSO AMOR VAI DURAR ATÉ NO INFERNO, ONDE IRÁ QUEIMAR AINDA MAIS... POR QUE NEM A MORTE PODE NOS SEPARAR!!!"

terça-feira, 12 de julho de 2011

O Demônio Sangrento - Um conto de um assassino

Na Inglaterra, em meados do século IX, havia uma pequena e pacata cidade, nela todos se conheciam e praticamente todos se davam bem. Nos dias de semana, velhinhos e crianças se divertiam na praça enquanto as mulheres colocavam as fofocas em dias e os homens trabalhavam em algumas pequenas empresas que haviam aberto filiais naquela cidade, enquanto que domingo a noite todos se reunião na catedral da cidade para a missa. Porém o que ninguém podia imaginar é que aquelas ruas seria palco de diversas atrocidades causadas por um maníaco, ao qual os jornais começaram a chamar de O Demônio Sangrento.

Em uma noite de domingo onde se podiam ouvir os trovões de uma terrível tempestade. Uma humilde senhora foi brutalmente assassinada em um beco escuro, primeiramente cortou-lhe a garganta para que não pudesse gritar em seguida a esquartejou e espalhou suas partes pelo beco, que ficou terrivelmente sujo de sangue. Na manha de segunda foi encontrado o corpo da vitima e a única evidencia era um cigarro. Por um mês a cada domingo morria uma pessoa cada uma de uma jeito diferente, a segunda vitima, por exemplo, foi enforcada com um uma corrente cheia de cravos e espinhos, a terceira foi desmaiada com uma forte pancada e após ser violentada, recebeu algumas injeções de ar nas veias.
Todos aquelas mortes aconteceram tinha coisas em comum, primeiro o assassino fazia questão de espalhar para todos os lados o sangue das suas vitimas, além disso, todas as vitimas tinham algo em comum, eram pessoas normais mais que secretamente cometiam pecados capitais e todos os casos aconteceram em becos por isso a policia e a população começou a observar esperando encontrar o culpado.
Então na quinta noite de domingo outra pessoa fora assassinada, dessa vez ele desferiu uma facada letal na vitima e em seguida começou a arrancar seus órgãos como os olhos, seu estomago entre outros com as mão, a partir de um corte na barriga da vitima. Porém no decorrer do crime ele foi visto, era um homem alto com a barba mal feita e fumante e uma tatuagem nas costas de uma caveira.
Todos sabiam quem era o culpado por terríveis atos, era um órfão que morava na área industrial da cidade, onde poucas pessoas moravam e que só era conhecido na cidade devido sua fé e devoção para com a igreja, sem conter seu ódio a população se dirigiu a residência dele, uma casa bem velha, toda quebrada, com um péssimo cheiro e sangue por todos os lados, e fizeram justiça com suas próprias mãos ateando fogo na casa com ele dentro.
Após o incêndio a policia entrou no que havia restado da casa porém não achou nenhum vestígio dele apenas uma velha mascara de gás, a faca usada nos assassinatos, uma maço de cigarros um pouco queimado e em uma parede que não havia sido queimada as seguintes palavras:

EM AVISO Á ESSA CIDADE PROFANA E PECADORA... A IRÁ DOS CÉUS CAIRÁ SOBRE VOS E IRAM PAGAR COM SUAS ALMAS PELO QUE ME FIZERAM... EU VOLTAREI DAS TREVAS E IREI ME VINGAR

Após sete dias, no domingo de missa, a igreja misteriosamente pegou fogo matando grande parte dos que lá dentro estavam e todos que sobreviveram disseram ouvir as risadas e gritos de agonia de uma alma renegada.


sábado, 15 de janeiro de 2011

The last chance
...Eu era um garoto comum, costumava sempre sair com meus amigos e passar as madrugadas na frente do PC, até que minha vida tomou um rumo totalmente inesperado...

...Já era tarde, umas 3 horas da manhã e eu estava navegando na internet procurando coisas interessantes, ate que encontrei um site que não lembro o domínio, porém nunca o esquecerei. Logo na pagina de entrada estava um fundo preto e as palavras...

LEAVE ME ALONE

... logo abaixo as palavras: Yes e No...curioso eu cliquei na palavra No...tudo ficou escuro de novo...então outro link apareceu, nele estava escrito:

OPEN

...sentia-me inquieto por dentro, ansioso e vibrante, logo fui sedento de curiosidade e cliquei no link. Ao clicar no link, eu comecei a ouvir sussurros bem fracos enquanto lentamente uma imagem bem embaçada carregava pixel por pixel. A imagem foi tomando forma e penetrando na minha mente... Era uma cena bizarra, um homem num salão com um terno bem rasgado e sujo de sangue, dançando valsa com um cadáver de uma jovem em decomposição, cercado por sombras com formas humanas e olhos tão vermelhos como um rubi sangrento...

...Naquele momento senti um pavor incrível que começou a me consumir por dentro... senti meu corpo ser puxado, quando percebi o chão estava negro e dele saia mãos que me  puxavam para baixo, fazendo meu corpo mergulhar naquela escuridão...Fechei os olhos e quando abri estava naquele salão da foto, então eu consegui reparar melhor no local, de fato era um salão muito grande, porém havia sangue por toda parte sem contar algumas paredes que eram feitas com espelhos rachados e ossadas humanas, mais a sala não era tão escura pelo menos eu conseguia enxergar um pouco...

...Notei que num canto havia uma jovem, a mesma da foto, ajoelhada... Aproximei-me e podia ouvir os sussurros e os gemidos de dor, quando cheguei perto ela se virou....seu rosto mostrava um sorriso extremamente forçado e insano e seu olho direito estava totalmente podre...ela olhava fixamente para mim enquanto disse...

WELCOME

...Imediatamente senti uma enorme dor nas costas, sentia como minha carne estivesse sendo dilacerada e para meu espanto ela estava, era uma dor inimaginável e enquanto eu sofria a garota continuava a me olhar sorrindo, então o homem da foto surge em meio as sombras e me agarra pelo pescoço, sua mão apertava minha garganta com uma enorme força que mal podia respirar ou falar e suas unhas pontiagudas perfuravam minha carne fazendo meu sangue escorrer pelo seu braço... e tanto ele quanto a jovem sorriam  insanamente...

...Depois de alguns minutos ele me soltou, meio tonto, eu não podia nem me levantar por causa da enorme dor nas costas... me virei com muita dor e olhei por um espelho e vi que em minhas costas estava um corte enorme formando a palavra...

NO FUTURE

...continuei deitado, pois a dor aumentava cada vez mais e eu mal podia me mover. Ao meu redor aquele casal demoníaco começava a dançar uma fúnebre valsa e as sombras daquele lugar aumentavam, tomando forma de pessoas chorando e gritando em agonia e desespero, em instantes meu corpo ficava cada vez mais cortado e esses cortes formavam palavras, e a cada segundo minha dor se espalhava e aumentava. Então quando a musica acabou eu já não agüentava mais então, o homem e a garota, desferiram uma facada em meu peito perfurando completamente meu coração... Senti minha vida saindo do meu corpo... Tudo começou a ficar mais escuro... Não havia mais nada... Só uma escuridão e um enorme vazio... Quando ouso uma voz fraca e triste dizendo...

THIS IS THE END

…Acordei e percebi que havia dormido na frente do pc e que aquilo foi um pesadelo…mais quando olhei para o monitor, aquela pagina estava aberta e além do fundo negro estava escrito...

THE LAST CHANCE 



sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A mulher da boca rasgada ( Kuchisake Onna ).


        Estava quase anoitecendo e como todos os dias, eu e minhas amigas voltávamos da escola .Pegamos o metro e conversávamos, como sempre elas desceram três estações antes da minha e tive que continuar o caminho sozinha. Eu morava em um bairro residencial, todas as casas eram bem fechadas e sempre tinha pouca gente na rua. Desci na minha estação e segui para casa mais ao longo do caminho uma neblina começava a aparecer, cada passo que eu dava eu tinha a impressão de que a neblina ficava mais densa. Com medo comecei a andar mais rápido ate que vi uma pessoa em meio a toda aquela neblina, era uma mulher alta, de longos cabelos pretos, um casaco longo e uma mascara cirúrgica. Tive receio e não me aproximei muito mais ela se virou e veio em minha direção perguntando:
-Você me acha bonita?
                Estranhei a pergunta e com mais receio eu falei que sim. Então ela retirou sua mascara cirúrgica revelando sua boca deformada, rasgada de orelha a orelha, e me perguntou novamente:
-Você me acha bonita mesmo assim?
-Nããoo!!!-Gritei enquanto via ela tirando uma tesoura toda ensangüentada de seu casaco.
                Comecei a correr, corri o mais rápido que pude e quando olhei para traz parecia que ela havia desaparecido em meio aquela densa neblina. Diminui o passo  e tirei meu celular do bolso e liguei para policia. Mais antes que eu pudesse falar com a atendente aquela mulher da boca rasgada surgiu na minha frente e com o susto eu derrubei o meu celular. Corri em direção oposta gritando assustada, percebi que aquela mulher ainda me seguia tentei despistá-la entrando em um beco, porém o que eu não sabia era que aquele era um beco sem saída. Ela se aproximava com a tesoura na mão e eu gritava vendo que não havia escapatória para mim. De repente ouvi uma sirene, era uma viatura da policia que havia sido solicitada pelas pessoas das redondezas por causa dos meu gritos e também pela minha ligação. Mais a mulher da boca rasgada não estava mais lá, havia desaparecido misteriosamente.
                Naquele dia o que parecia ser uma volta para casa comum, se tornou um terrível pesadelo...

Ps: Esse conto foi inspirado em uma lenda urbana japonesa, para mais informações: http://medob.blogspot.com/2010/04/lendas-japonesas-mulher-da-boca-rasgada.html